Hoje ao ler no The New Republic sobre o problema do trabalho infantil nas plantações de tabaco do Cazaquistão e ao saber como a lei nos EUA, com relação aos agricultores, é ineficiente, não pude deixar de fazer uma comparação com o Brasil.
Apenas para ilustrar, o Cazaquistão é hoje um dos maiores produtores de petróleo e urânio do mundo. Além de produzir tabaco, carvão entre outros minerais. O petróleo corresponde a praticamente 60% de sua economia. O urânio, explorado lá, equivale a 20% da produção mundial. Nem preciso reverter isso em números para saber que é muita coisa.
Bem, voltando a produção de tabaco que, como o petróleo e urânio, é consumido praticamente pelos EUA, os resultados apresentados pela pesquisa feita pelo Human Rights Watch (HRW) aponta dados alarmantes de falta de condições viáveis de trabalho e de desrespeito a lei. Nos EUA é ilegal contratar pessoas com menos de 14 anos em uma jornada superior a 3 horas diárias e, em caso de insalubridade, o trabalhador deverá ter acima de 18 anos.
Mas por que esse problema afeta os EUA? Primeiro porque o governo atual está tomando medidas contra seus produtores que tem desobedecido estas normas, segundo, essas medidas acabam onerando produtores que competem no mercado na produção de países como o Cazaquistão, terceiro, esta denuncia revela-se em uma tentativa heroica de fazer com que compradores como a Philip Morris não compre desses países que não respeitam os direitos humanos.
Piadas à parte, no Brasil é a mesma coisa. Há a lei que proíbe a exploração do trabalho infantil, mas nos deparamos com essa vexamosa realidade em cada canto. Nas lavouras de cana-de-açúcar, nas pedreiras, olarias, granjas, fábricas, lojas. Há mais criança trabalhando que nas escolas. Isto não para por aí, elas são catadores de lixo, domésticas, embaladores, traficantes e, lamentavelmente, explorados sexualmente. O problema é que existem as leis, mas não há fiscalização. Fora aqueles casos que envolvem os próprios pais e até juízes na infração. Uma realidade vergonhosa para um país que se pretende em desenvolvimento.
Onde o Cazaquistão e o Brasil se esbarram?
Lula, recentemente, fez uma visita de negócios ao país. Segundo o embaixador brasileiro (Frederico D. E. Meyer) "Existe um potencial enorme de negócios entre o Brasil e o Cazaquistão".
A verdade é que a Vale está de olho no urânio, a Embraer nos aviões e ainda há uma esperança de negócios nos produtos agrícolas.
Para quem não se tocou ainda, o urânio é usado em armas e energia.
Estou tentando manter o foco no trabalho infantil, mas a coisa é bem mais complexa que isso.
Enquanto o governo atual no Brasil se preocupa com inclusão digital, bolsa miséria e qualquer paliativo ridículo para pobreza há, em outra instância, acordos que irão nos afetar diretamente. Ou já nos esquecemos do segundo pior acidente nuclear do planeta? (acidente com césio 137, ocorrido em Goiânia em 13 de setembro de 1987). E as hidroelétricas, sabe quantas o governo Lula aprovou? E quantas são em regiões de preservação, sabe?
Pegue um dos assuntos que lhe preocupa e pesquise se este assunto está na agenda de seu candidato. Ou prefere saber sobre o que lhe afeta pelo noticiário?
Apenas para ilustrar, o Cazaquistão é hoje um dos maiores produtores de petróleo e urânio do mundo. Além de produzir tabaco, carvão entre outros minerais. O petróleo corresponde a praticamente 60% de sua economia. O urânio, explorado lá, equivale a 20% da produção mundial. Nem preciso reverter isso em números para saber que é muita coisa.
Bem, voltando a produção de tabaco que, como o petróleo e urânio, é consumido praticamente pelos EUA, os resultados apresentados pela pesquisa feita pelo Human Rights Watch (HRW) aponta dados alarmantes de falta de condições viáveis de trabalho e de desrespeito a lei. Nos EUA é ilegal contratar pessoas com menos de 14 anos em uma jornada superior a 3 horas diárias e, em caso de insalubridade, o trabalhador deverá ter acima de 18 anos.
Mas por que esse problema afeta os EUA? Primeiro porque o governo atual está tomando medidas contra seus produtores que tem desobedecido estas normas, segundo, essas medidas acabam onerando produtores que competem no mercado na produção de países como o Cazaquistão, terceiro, esta denuncia revela-se em uma tentativa heroica de fazer com que compradores como a Philip Morris não compre desses países que não respeitam os direitos humanos.
Piadas à parte, no Brasil é a mesma coisa. Há a lei que proíbe a exploração do trabalho infantil, mas nos deparamos com essa vexamosa realidade em cada canto. Nas lavouras de cana-de-açúcar, nas pedreiras, olarias, granjas, fábricas, lojas. Há mais criança trabalhando que nas escolas. Isto não para por aí, elas são catadores de lixo, domésticas, embaladores, traficantes e, lamentavelmente, explorados sexualmente. O problema é que existem as leis, mas não há fiscalização. Fora aqueles casos que envolvem os próprios pais e até juízes na infração. Uma realidade vergonhosa para um país que se pretende em desenvolvimento.
Onde o Cazaquistão e o Brasil se esbarram?
Lula, recentemente, fez uma visita de negócios ao país. Segundo o embaixador brasileiro (Frederico D. E. Meyer) "Existe um potencial enorme de negócios entre o Brasil e o Cazaquistão".
A verdade é que a Vale está de olho no urânio, a Embraer nos aviões e ainda há uma esperança de negócios nos produtos agrícolas.
Para quem não se tocou ainda, o urânio é usado em armas e energia.
Estou tentando manter o foco no trabalho infantil, mas a coisa é bem mais complexa que isso.
Enquanto o governo atual no Brasil se preocupa com inclusão digital, bolsa miséria e qualquer paliativo ridículo para pobreza há, em outra instância, acordos que irão nos afetar diretamente. Ou já nos esquecemos do segundo pior acidente nuclear do planeta? (acidente com césio 137, ocorrido em Goiânia em 13 de setembro de 1987). E as hidroelétricas, sabe quantas o governo Lula aprovou? E quantas são em regiões de preservação, sabe?
Pegue um dos assuntos que lhe preocupa e pesquise se este assunto está na agenda de seu candidato. Ou prefere saber sobre o que lhe afeta pelo noticiário?
aqui estão algumas referências:
U.S. Law Doesn't Protect Child Farmworkers. Does Congress Even Care?
hidrelétricas no Brasil
Os verdadeiros donos da Amazônia e de seus índios.
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